terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A Privataria Petista - Parte I

Petistas e simpatizantes tiveram, após nove anos de descalabros, um mês de glórias! Foi lançado o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Júnior. Desde então o livro se tornou a bíblia dos petistas e parte integrante de sua cartilha. Conversar com um deles agora ficou extremamente chato:
Cidadão – Você viu? Caiu o sexto Ministro do Governo Dilma em 12 meses!
Petista – Caiu, mas a privataria tucana...
Cidadão – Você viu? Cassaram os prefeitos petistas de Campinas e Sumaré!
Petista – Cassaram, mas a privataria tucana...
Cidadão – Você viu? A inflação esta nas alturas, o país cresceu mediocremente e esta se desindustrializando!
Petista – É, estamos falindo, mas a privataria tucana...
Mas não é do livro que quero falar. Afinal, não vou perder meu tempo com as asneiras que um ex-jornalista, com uma ficha gigantesca na polícia e a serviço da máquina eleitoreira petista escreve. Quero falar das privatizações realizadas pelo PT ainda no governo Lula.
O Partido dos Trabalhadores há anos critica as privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso, no plano Federal, Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra no plano Estadual. A balela, que surge somente em anos eleitorais, é a mesma de sempre: entregaram o patrimônio público nas mãos dos empresários, dos banqueiros, dos estrangeiros e blá, blá, blá...
Então vamos ao que o PT não fala: a verdade!

O Surgimento das Estatais Brasileiras
As empresas estatais surgiram de uma necessidade do Estado: a industrialização do país. Após a tomada do poder Getúlio Vargas criou diversas estatais. Petrobrás, Vale do Rio Doce e CSN são algumas delas. Estas empresas tinham por função fomentar a indústria de base, o que atrairia investimentos no setor industrial. A vinda das primeiras montadoras de veículos ao país deu-se graças a essas estatais.
Além das estatais responsáveis pela alavancagem da economia, outras estatais foram criadas para desenvolver setores estratégicos, como a telefonia e energia elétrica.
De uma forma geral, as estatais surgiram com o Estado injetando dinheiro em empreendimentos de alto risco. Onde não havia interesse ou segurança para capital privado, lá estava o Estado paternalista. Muitos destes investimentos foram realizados com empréstimos, inchando as dívidas internas e externas brasileira. Esta foi a única forma de tirar o país da economia agrícola e colocá-lo - dois séculos depois da revolução industrial na Europa – no mapa da industrialização.
O objetivo do Estado não era lucrar com as estatais. A principal função delas era dar o “start” na industrialização. O desenvolvimento econômico, tecnológico e social viria a reboque, por vias da livre iniciativa, que tem a liberdade e criatividade de impulsionar a economia, sem fisiologia.
Continua...