quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Investimento em P&D é o futuro. Em Limeira falta o básico!

Em artigo publicado pela revista Scientific American Brasil, o prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, fala sobre a atração de novos talentos e da importância que eles tiveram à cidade. Alguns dos grandes inovadores como Charles Pfizer e Alexander Graham Bell eram de Nova Iorque, numa época em que a única vantagem de uma cidade era a facilidade em escoar a sua produção. Nos dias atuais, com a facilidade nas comunicações e nos meios de locomoção, as barreiras de localização já não existem mais e o grande entrave à transpor é a pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Ter grandes universidades e um ambiente de inovação fértil é facilitador na atração de investimentos de grande porte, especialmente das grandes fabricantes de produtos tecnológicos como computadores, smartphones e tablets. Partindo deste princípio, Bloomberg esta investindo pesado na atração de centros acadêmicos de ponta e assim recuperar a liderança perdida para Boston e para o Vale do Silício, nos EUA. Desde o meio deste ano, Nova Iorque esta oferecendo às universidades interessadas a se instalarem por lá um imóvel de ponta e até US$ 100 milhões em investimentos.

Certamente todo este investimento não é em vão. Segundo estimativas da prefeitura de Nova Iorque, nos 30 primeiros anos de funcionamento de um centro tecnológico de ponta, podem ser geradas 400 empresas de tecnologia e cerca de 30 mil empregos permanentes. Isso sem contar o aumento de renda que um número maior de graduados traz.

Nesta mesma linha a coluna “Contexto Paulista”, da Associação Paulista de Jornais, publicada pelo Jornal de Limeira, desta semana relata as vantagens de São Carlos em ter grandes centros universitários.

Respeitadas as respectivas proporções, volto o foco pra Limeira. Enquanto cidades do Brasil e do mundo investem em P&D, Limeira sofre com problemas básicos como a segurança nas proximidades dos campi, e a falta de facilidades. A UNIP teve sérios problemas de acesso, assim como a FAAL teve problemas com documentação. Os investimentos nos acessos do novo Campus da UNICAMP só agora, 4 anos depois, estão sendo realizados (boa parte ainda é proveniente de empreendedores da região).

Os investimentos no ensino superior e em P&D não devem partir apenas do Estado ou da livre iniciativa. É preciso que o município volte os olhos para o ensino superior de qualidade. Cordeirópolis e Piracicaba tem faculdades municipais. Porque não Limeira investir na sua também?

Nos últimos 10 anos Limeira se tornou um importante centro universitário. Grandes universidades públicas e particulares se instalaram por aqui. Se existisse um planejamento de qualidade e um efetivo investimento, direto e indireto, nestas e em novas universidades, poderíamos estar correndo como Nova Iorque: eles para serem a melhor cidade em P&D dos EUA e nós para sermos a melhor do Brasil!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Dr. Hélio Cassado: um naco de esperança!

O Brasil é um país jovem democraticamente falando. Estamos num regime democrático há 25 anos. Quase nada perto dos ingleses, que instituíram sua Carta Magna em 1215, 285 anos antes da descoberta do Brasil. Nesse quarto de século já vimos muito: abertura do mercado, estabilização da moeda e impeachment de Presidente da República. As coisas vão acontecendo e nós, como democracia, vamos amadurecendo. É um amadurecimento lento, mas o importante é estar amadurecendo.

Neste último fim de semana mais uma cena deste amadurecimento aconteceu: o impeachment do prefeito de Campinas, o Dr. Hélio (PDT). A décima economia do país e a terceira maior cidade do Estado de São Paulo teve o prefeito cassado por 32 votos a 1.

Não que a justiça tenha sido feita. O ideal era vermos o Dr. Hélio, sua esposa e o resto do bando na cadeia e o dinheiro roubado de volta aos cofres públicos. O que importa é o simbolismo que um impeachment traz consigo. Pior que a derrota nas urnas é a derrota política de quem sofre um impeachment, já que quem recebeu a confiança do sufrágio universal e depois assalta o erário público nada mais é que um traíra, um Judas.

Em meio a inúmeras denúncias de corrupção no governo do PT (que por sinal tem estritas ligações com o pessoal de Campinas – vide a visita oculta de Zé Dirceu e a amizade de Lula com um dos líderes do bando campineiro), a cassação do prefeito da cidade mais importante do interior do estado mais importante do Brasil é um naco de esperança neste mar de lama em que estamos afundando. Quem sabe o exemplo de Campinas não se espalhe por outras cidades (especialmente algumas vizinhas), estados e quiçá no Governo Federal.

Quem assume em Campinas é o vice, Demétrio Vilagra (PT), que esta atolado até o pescoço no esquema de corrupção e teve até sua prisão decretada. Por isso ainda há muito que fazer por lá. A faxina (palavra do momento) deve estar apenas começando. O importante, que é primeiro passo, já esta dado. Resta extirpar toda essa corja de Campinas, o que provavelmente será feito nos próximos dias.

Que este momento histórico pra nossa região seja desencadeador de uma faxina geral na política do Brasil e que os políticos que se acham espertalhões encontrem o seu lugar: o xilindró!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Comentários da Semana

Shoppings Centers

A semana foi agitada em relação aos novos empreendimentos na cidade. Ao menos no quesito maquetes eletrônicas os dois novos empreendimentos foram apresentados.

Pátio Limeira

Enquanto isso o Shopping Pátio Limeira tenta se reerguer do incidente no início do ano. A movimentação já esta no mesmo patamar pré-incidente.

Preocupação

Minha preocupação é se os três empreendimentos vão conseguir conviver. Somente o público limeirense não será suficiente para mantê-los funcionando. Será necessário investimento maciço em marketing voltado ao público regional.

União

Além de atrair o público da região, acho importante os três empreendimentos trabalharem como aliados. Se tentarem concorrer entre si fatalmente alguém vai quebrar. Se trabalharem juntos, diferenciando o foco de atuação, há grande chance de os três empreendimentos fazerem sucesso!

Quem é quem

Ano que vem, nesta mesma época, veremos quem é quem na política limeirense. Muitos inexperientes que acreditaram em alguns projetos perceberão que só foram usados para alavancar candidatos.

Quem avisa amigo é

Tentamos avisá-los, mas caíram como se cai na tentação de um doce...

Desapropriações

As desapropriações para a construção do viaduto no Jardim Florença só foram publicadas no Jornal Oficial na semana que se passou. Salvo um milagre de essas desapropriações serem amigáveis, já vi que vai rolar muito aditivo nesta obra.

Lugar errado

Penso que a administração municipal errou na construção deste viaduto. Se fosse construído sobre a rotatória da Barroca Funda atenderia muito mais pessoas. Quem mora na região do Aeroporto, Jardim do Lago e Nova Europa vai continuar enfrentando os congestionamentos nos horários de pico.

Alto Padrão

Já quem mora nos bairros de alto padrão será beneficiado. Os seus carrinhos de luxo não precisarão enfrentar todo aquele congestionamento.

Transporte Coletivo

Pensando no transporte coletivo, um viaduto na Barroca Funda atenderia no mínimo três vezes mais ônibus do que o viaduto no Florença. Mais trabalhadores - que cansados de um dia de trabalho penam com o sofrível transporte coletivo de Limeira - ficariam menos tempo neste congestionamento.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Vou repetir: CML é pau mandada!

A vereadora Iraciara que me desculpe, mas tenho que repetir: A Câmara Municipal de Limeira é pau mandada do prefeito! A senhora pode me chamar novamente de vagabundo - e outros adjetivos usados na tribuna da Sessão (bem) Ordinária de 27 de março de 2006. Adjetivos estes não condizentes com os usados por uma pessoa de Deus -, mas não há outro adjetivo para o Legislativo limeirense nestes últimos seis anos e meio que não este.

Logicamente não é uma Câmara 100% pau mandada, pois existe uma oposição. Mínima, mas existe! Infelizmente ela é composta por apenas 20% da Casa, o que anula totalmente uma atuação mais firme. Diante disso o Executivo deita e rola. O Legislativo apenas diz amém.

O mais intrigante é que os vereadores da base governista, liderados na Câmara pela senhora Iraciara, engolem calados os mandos e desmandos do Executivo. A troco de quê é a grande questão, porque pelo bem de Limeira certamente não é, já que a cidade esta tão abandonada e mal administrada que somos motivo de piada nas rodas políticas da região.

Na última semana dois fatos comprovaram a mesquinharia deste grupo. O primeiro foi o rolo compressor pra cima da proposta do vereador Mário Botion. A manobra para substituir a proposta da Lei da Ficha Limpa do Botion pela suposta proposta já existente partindo do Executivo foi uma atitude ridícula e covarde contra o vereador. No fundo a manobra não passa de uma blindagem aos obscurantismos do Executivo limeirense. Obscurantismos estes que se estendem ao Legislativo.

A segunda mesquinharia foi a manobra para esvaziar a discussão sobre o Código Ambiental de Limeira, proposta pelo vereador Paulo Hadich. A audiência pública marcada para a última terça-feira foi marotamente esquecida de ser registrada na ata da reunião da comissão pertinente, cujos participantes (Nilce e Carlinhos) são da base governista. Com isso a audiência se esvaziou.

Estes fatos ocorreram apenas na semana passada. Se elencarmos todos os mandos e desmandos deste governo não haveria paciência dos leitores para tantas linhas.

É vergonhosa esta legislatura. A base governista se concentra em fazer Leis imbecis (como proibir festas raves e colocar buzinas em cadeiras de rodas) e em blindar o prefeito. A oposição, recheada de boas propostas (como a redução do ISS, a Lei da Ficha Limpa e o Código Ambiental de Limeira), fica engessada.

Não sou um vagabundo como disse a vereadora Iraciara. Trabalho e trabalho muito pra pagar o salário dela. Também trabalho pra pagar a farra que o Executivo faz com o meu dinheiro plantando e replantando grama, aplicando recapeamento de má qualidade e planejando torres inúteis. Farra esta blindada (pra não dizer encoberta) pelo Legislativo. A vereadora pode dizer muito sobre a minha pessoa, mas são mentiras deslavadas. A única coisa que não é mentira nesta história é que a Câmara Municipal de Limeira é, usando de um eufemismo, subserviente.

sábado, 9 de abril de 2011

Cansei de incompetência. E você?

Na campanha à prefeitura em 2004, Silvio Félix estufava o peito e dizia que era um administrador de mão cheia. Pouco mais de seis anos depois estamos comprovando que a realidade é outra. Ela passa longe, mas muito longe de uma excelente administração.

Limeira esta sendo pessimamente governada há oito anos. Tudo o que se faz por aqui é na base da gambiarra. A começar pelo prédio do próprio paço municipal, um prédio velho e mal estruturado pra receber a administração pública e que foi comprado às pressas e pela metade, deixando um rombo nos cofres públicos.

Com o passar dos tempos a ingerência tomou conta da cidade. A duplicação do anel viário é uma piada, pois esta sendo feita sem critério e sem qualidade. A tão propalada integração do transporte público, construção do terminal urbano e renovação da frota é uma peça de ficção. O estacionamento vertical e a Companhia de Engenharia de Tráfego devem ter sido esquecidos em alguma gaveta do Edifício Prada. Sem contar as obras faraônicas que qualquer um com mais de dois neurônios sabe que eles não têm competência para realizar. Os distritos industriais então, não quero nem comentar pra não sofrer um processo por calúnia e difamação.

Para se ter uma idéia de quanto a incompetência reina nesta administração nem o IPTU eles conseguem entregar em dia. Um mecanismo importante de arrecadação do município não consegue ser impresso e entregue a tempo. E o pior é que o problema vem se arrastando há anos.

Enquanto isso, nos municípios vizinhos, mega indústrias se instalam, obras públicas de vulto são anunciadas e os indicadores sócio-econômicos crescem mais rapidamente que por aqui. Estamos vendo, ao largo, a ascensão de cidades como Americana, Piracicaba e Hortolândia.

A minha dúvida é até quando estas autoridades serão incompetentes? Até quando o eleitor vai manter os incompetentes no poder? Será que nunca perceberão o engodo à que se submeteram? Ninguém se cansou ainda dos factóides, das obras que não duram um ano e das denúncias de corrupção por todo lado?

Eu já me cansei desde a campanha, em 2004. E você?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Na era Félix o jovem não tem vez!

Acabo de chegar de um fim de semana em Bauru, uma das mais belas cidades que conheço no estado de São Paulo. Em dois dias visitei alguns lugares: o Bar do Português (o melhor chopp do Brasil), um Pub (bar no estilo Irlandês) e outro bar, o Capela, que se assemelha muito ao limeirense Bar da Montanha. Além da diversão fiz negócios em um belo centro empresarial e conheci alguns universitários engajados na política. Ir à Bauru é uma viagem revigorante e que me enche de novas idéias.

Infelizmente a volta pra Limeira não é tão gratificante. Ao chegar abro um jornal local e vejo que a cidade passou por uma blitz para coibir os famosos “points”. Ao que tudo indica a mega operação foi praticamente um show pirotécnico com centenas de policiais, guardas e fiscais.

Até concordo que é preciso respeitar o sossego alheio, que é preciso coibir a venda de bebidas alcoólicas à menores de idade, o tráfico de drogas e o abuso do álcool ao volante, mas o que nós jovens iremos fazer? Ficar em casa em pleno sábado a noite é que não será!

O problema é que a cidade não incentiva o investimento em locais apropriados à diversão dos jovens. Na atual administração a situação piorou muito com a proibição de shows nos clubes e com a perseguição aos “points”. As opções que restam são obrigadas a fecharem as portas por não se adequarem a “Lei do fecha bar”, como se todo e qualquer estabelecimento fosse um boteco de esquina que vende doses e mais doses de pinga a espancadores de esposas e assassinos alcoólatras. É absurdo ainda maior as polícias, a guarda e a fiscalização da prefeitura chegar no meio dos eventos e interrompê-los ao invés de procurar os estabelecimentos antes do expediente.

É lamentável vermos a nossa cidade tratar os jovens desta forma. A administração pública age como se não houvesse pluralidade na juventude e na suposição de que a única solução para os problemas da juventude é aprisioná-los em um culto/missa louvando ao Senhor. Afirmo: não é e nunca será! Não será reprimindo a juventude que se resolverá o problema. É preciso incentivar a criação de “points” regularizados, com segurança para os usuários e os munícipes. O que impede, por exemplo, a determinação de uma ou duas avenidas da cidade como “points” oficiais, onde empresários teriam um incentivo para instalarem estabelecimentos de entretenimento e com o compromisso de zelarem pelo sossego alheio? O que não pode acontecer é a fiscalização barrar este tipo de atividade enquanto igrejas infernalmente ensurdecedoras continuam se multiplicando pela cidade.

Além do bem-estar do jovem é preciso se pensar na economia. O entretenimento é um dos impulsionadores da economia, gerando empregos e renda. Todos os fins de semana inúmeros jovens limeirenses deixam milhares de Reais nas economias das cidades da região e milhares de jovens da região deixam de gastarem aqui. Isso contribui ainda mais para que Limeira se torne uma cidade dormitório, fato que esta se evidenciando como a principal característica do governo Silvio Félix.

Limeira esta se tornando uma cidade universitária e a vinda de mais jovens pra cá pede mais investimentos na juventude. Também é preciso um pouco de tolerância com as extravagâncias, natural e parte integrante do aprendizado do jovem. Ignorar que precisamos nos divertir de diversas formas, com certa liberdade é um erro e pode provocar a ira da juventude. E como diria o velho slogan: “os jovens unidos jamais serão vencidos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Brasil, um país de tolos

Há algumas semanas venho refletindo muito sobre o que li no livro de Laurentino Gomes, o best seller “1808”.

Um dos assuntos que mais me chamou a atenção foi o fato do Brasil ser uma colônia estritamente extrativista de Portugal por três longos séculos. Segundo o autor não era interessante a Portugal que a colônia se industrializasse. O próprio Portugal não se industrializou e se manteve a custa das colônias nas Américas, África e no Oriente.

Extrair e vender a matéria prima sem agregar ou agregando pouco valor é um sinal de preguiça. Aliado a escravidão o extrativismo criou uma corte preguiçosa e perdulária, já que gastar uma fortuna ganha sem trabalho algum é muito fácil.

Quem se deu bem foi a Inglaterra, principal parceiro comercial de Portugal na época. É inestimável a fortuna que eles fizeram em cima do nosso ouro, diamante, madeira, cana de açúcar e vários outros tesouros naturais. Os portugueses extraiam o ouro, os ingleses criavam as peças trabalhadas e lucravam mais de 1000% em cima. Assim também acontecia com o diamante e com o pau-brasil.

Os anos se passaram, mas parece que a preguiça e a farra com o dinheiro fácil não acabou. O governo se ufana das exportações brasileiras baterem recordes em cima de recordes. Mas o que nós exportamos? Infelizmente ainda exportamos apenas matéria prima. Exportamos à China minério de ferro e importamos seus produtos manufaturados. Exportamos soja, milho, algodão e carnes “in-natura” e importamos alimentos mais sofisticados produzidos com as nossas comodites.

A nossa corte continua perdulária. A farra com o dinheiro alheio não tem limites neste país. Aumento salarial desproporcional a políticos, gastos com cartões corporativos batendo recordes, bolsas auxílio que não passam de compra de votos travestida de programa social, gastos mal planejados. A lista é enorme!

Por cinco séculos vivemos nesta preguiça perdulária e não chegamos a lugar algum. Ainda temos diferenças sociais gritantes e muitas injustiças neste país. Agora que estamos na crista da onda nossos comandantes deixam de aproveitar e investir em educação, em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e em infraestrutura.

Só o que Lula, Dilma, PT e a prostituta base aliada souberam fazer é aplicar as técnicas dos marqueteiros pra vender um falso produto que nos assola desde o descobrimento. Brasil, um país de todos, não passa de um país de tolos: os que vendem a falsa imagem e os 87% que aprovam esta tolice.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Considerações sobre as chuvas

Limeira

Em 2005, no inicio do atual governo em Limeira, a travessia que dá acesso ao CECAP ruiu com as chuvas. Eu trabalhava numa construtora da cidade, que foi contratada para fazer os reparos que posteriormente se estenderam a parte do anel viário, formando uma nova rotatória e um trecho duplicado. Seis anos depois a obra ainda não apresentou problemas, diferentemente do que vem acontecendo com as obras de empresas contratadas fora da cidade. Estas obras, como a da marginal oeste e a duplicação do anel viário na altura do Jardim Florença, constantemente apresentam problemas.

Os acessos sobre o Córrego Barroca Funda foram feitos (e continuam sendo feitos) com aduelas de concreto, o que limita muito o escoamento das águas pluviais. A solução para que mortes, como a ocorrida semana passada, sejam evitadas é a construção de pontes de vão livre, como foi feito na Ponte Preta.

Estado de São Paulo

Em 2010 várias represas abriram suas comportas às pressas para evitar um colapso. O resultado disso foi várias cidades inundadas pelo maior volume de água despejado nos rios. Em 2011 aparentemente as concessionárias que administram as barragens não aprenderam e o problema se repete.

A justificativa é de que, se houver um período de seca ou chuvas parcas, os reservatórios precisam ser mantidos em níveis satisfatórios. Acontece que quando as chuvas são excessivas o volume de água recebido pelas represas é muito acima do normal, o que obriga a abertura das comportas.

Como a situação é uma faca de dois gumes a única solução possível é retirar as pessoas que vivem nas áreas passiveis de inundação. É nesta frente que Estado e municípios precisam atacar o problema.

No primeiro dia de 2010 estive em São Luiz do Paraitinga no exato memento em que a cidade ficou debaixo d’água. É uma situação lamentável, mas que só ocorreu por existirem construções em áreas de risco. Cidades bem planejadas não eliminam o risco de tragédias, mas diminui consideravelmente.

Região Serrana do Rio

Já virou clichê, mas a maior tragédia do país foi uma tragédia anunciada. A surpresa ficou por conta da Presidenta Dilma Rousself. Ela assumiu que a responsabilidade é também do Governo Federal, diferentemente do seu antecessor que se esquivava de tudo em nome do populismo.

Considerações gerais

Segundo Laurentino Gomes, em seu best-seller “1808” a cidade do Rio de Janeiro, na época da chegada da corte portuguesa, era um lixão a céu aberto. O lixo e até os excrementos eram atirados na rua, pela janela das casas. O resultado disso era uma cidade feia, suja e sujeita a doenças. Duzentos anos depois, com as imagens das ruas alagadas e entupidas de lixo, podemos perceber que esta herança dos portugueses continua enraizada nos nossos costumes. Assim como na questão dos deficientes, muito bem descrita pelo Rafael Kocian alguns artigos abaixo, muitos dos nossos problemas poderiam ser resolvidos com maior educação das pessoas. É simples, barato e faz bem à comunidade!