quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Se eu fosse Prefeito

Na semana que se passou os jornais da cidade estamparam foto de um gambiarra feita no Anel Viário, Via Cruanes Filho, próximo ao Colinas de São João, em Limeira-SP. O que aconteceu no trecho é simples: ao invés de prolongar uma galeria de aduelas existente, a prefeitura fez um desvio esdrúxulo para aproveitar o que já existia. Foi feita uma lombada para redução de velocidade, o que é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro. Além de feio, ficou muito perigoso.

É louvável a iniciativa de duplicar o Anel Viário de Limeira. Qualidade dos trabalhos à parte, esta foi uma das (poucas) coisas boas que o prefeito cassado legou à cidade. Agora, há de se convir que esta duplicação foi feita, como se diz na engenharia, nas coxas. Não se planejou o Anel Viário, remendou-se, o que deixou ele disfuncional e feio. A constante variação de velocidade é um sinal desta falta de planejamento.

Os únicos trechos funcionais do Anel Viário são os antigos: Jardim do Trevo (Maxxi Atacado), executado na gestão Pedro Kühl; Jardim Nova Itália (Próximo ao COTIL); Região do Olindo de Luca.

Se eu fosse prefeito, faria diferente. Bem diferente. Primeiramente existiria planejamento. E planejamento de longo prazo! O Anel Viário é uma via de trânsito rápido (ou pelo menos deveria ser). Planejaria pistas com 2 faixas de rolamento + Acostamento, Canteiro Central de 6,00m com ciclovia (e não a ciclofaixa existente hoje, pequena e perigosa) e amplo espaço para arborização. Em uma tacada Limeira ganharia 18Km de ciclovia e 72.000m² de área verde.

Também planejaria uma redução drástica nos cruzamentos em nível, o que permitiria manter a velocidade sempre em 70Km/h. Para tal, necessitaria de projetar 7 viadutos: Enxuto, Barroca Funda, Cecap, Taba do Brasil, Labak/Vila Piza, Av. Laranjeiras e Rod. Limeira – Cordeirópolis. Implantaria semáforos inteligentes nas rotatórias e em travessias de pedestres. Eliminaria a rotatória do Parque das Nações e do Jardim Laranjeiras.

Planejaria uma arborização de qualidade, com quatro linhas de árvores (calçada + canteiro + canteiro + calçada) de médio porte a cada 10m, o que daria um plantio de 7.200 árvores.

Por fim, planejaria uma iluminação em LED, com fiação subterrânea, câmeras de monitoramento (que funcionem), placas eletrônicas com indicações turísticas e com informações variáveis (para evitar, por exemplo, que se pendurem banners da Aljóias nos postes).


Custo estimado do projeto: R$60 Milhões. Parece muito, mas se planejar para 10 anos, seria um investimento de R$6 Milhões ao ano. Quase nada perto do benefício! Além de que, com projeto e planejamento, angariar verbas federais e estaduais seria um pouco mais fácil!

Matéria do Jornal de Limeira sobre gambiarra no Anel Viário. Fonte: internet

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Corte na própria carne? Que seja!

Como eu sempre digo, tenho posições políticas e as defendo porque acredito que tomar uma posição e participar ativamente da vida política, de qualquer lado, é melhor que ficar em cima do muro.

Sendo assim, deixo claro - aos que acreditam ou não no nosso trabalho - que não defendo corrupto. Se há corrupção dentro do partido que defendo, serei o primeiro a pedir, após comprovação, a cabeça do responsável. E aqui vale um adendo: os petistas, em quase sua totalidade, defendem com unhas e dentes os responsáveis pelo mensalão. Não tomarei jamais esta atitude de defender bandidos.

As recentes denúncias sobre o cartel nas licitações do transporte ferroviário nos governos tucanos precisam ser investigadas a fundo. Entretanto, eu não concordo com o oba oba que os que estão à serviço dos seus partidos ou dos seus interesses pessoais estão fazendo. Jogam no lixo informações concretas e divulgam apenas o que lhes interessam. E justamente aqueles que bradam veementemente contra o PIS (partido da imprensa golpista), agem contraditoriamente às suas convicções.

Em primeiro lugar, a revista "Isto É", notadamente com uma linha editorial anti-PSDB, fez denúncias baseadas no "ouvimos dizer". Não traz nomes e nem documentos concretos. Coloque-se os nomes na mesa e provem-se o que se esta dizendo. Quem embolsou os supostos milhões desviados? O partido? Pessoas que fazem parte dele? Cadê as comprovações? E não adianta dizer que não existe porque o galpão de documentos pegou fogo. Se denunciou, tem que comprovar!

Em segundo lugar a própria Siemens - delatora, segundo a revista - divulgou uma nota nesta semana dizendo que não foi autora e desconhece a veracidade das denúncias. Uma empresa, do porte da Siemens, viria a público mentir para depois ser desmentida? Duvido e muito!

Terceiro, o fato de empresas fazerem cartéis para ganharem licitações não significa, necessariamente, que governantes tem participação. Esta também é mais uma suposição sem provas apresentadas.

Por fim, o Governo do Estado de São Paulo vem há mais de um mês tentando verificar os processos e não obtém acesso devido ao sigilo das investigações alegado pelo CADE. Não seria um direito do acusado ter acesso às acusações? Bom, o CADE é controlado pelo governo federal, que é controlado pelo PT (e aí tudo se explica).

Tudo isso cheira apenas mais uma manobra na sanha petista de tomar o poder no Estado de São Paulo. Se eu estiver enganado, garanto que serei o primeiro a cortar a própria carne e a pedir a cabeça deles!