sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Brasil, um país de tolos

Há algumas semanas venho refletindo muito sobre o que li no livro de Laurentino Gomes, o best seller “1808”.

Um dos assuntos que mais me chamou a atenção foi o fato do Brasil ser uma colônia estritamente extrativista de Portugal por três longos séculos. Segundo o autor não era interessante a Portugal que a colônia se industrializasse. O próprio Portugal não se industrializou e se manteve a custa das colônias nas Américas, África e no Oriente.

Extrair e vender a matéria prima sem agregar ou agregando pouco valor é um sinal de preguiça. Aliado a escravidão o extrativismo criou uma corte preguiçosa e perdulária, já que gastar uma fortuna ganha sem trabalho algum é muito fácil.

Quem se deu bem foi a Inglaterra, principal parceiro comercial de Portugal na época. É inestimável a fortuna que eles fizeram em cima do nosso ouro, diamante, madeira, cana de açúcar e vários outros tesouros naturais. Os portugueses extraiam o ouro, os ingleses criavam as peças trabalhadas e lucravam mais de 1000% em cima. Assim também acontecia com o diamante e com o pau-brasil.

Os anos se passaram, mas parece que a preguiça e a farra com o dinheiro fácil não acabou. O governo se ufana das exportações brasileiras baterem recordes em cima de recordes. Mas o que nós exportamos? Infelizmente ainda exportamos apenas matéria prima. Exportamos à China minério de ferro e importamos seus produtos manufaturados. Exportamos soja, milho, algodão e carnes “in-natura” e importamos alimentos mais sofisticados produzidos com as nossas comodites.

A nossa corte continua perdulária. A farra com o dinheiro alheio não tem limites neste país. Aumento salarial desproporcional a políticos, gastos com cartões corporativos batendo recordes, bolsas auxílio que não passam de compra de votos travestida de programa social, gastos mal planejados. A lista é enorme!

Por cinco séculos vivemos nesta preguiça perdulária e não chegamos a lugar algum. Ainda temos diferenças sociais gritantes e muitas injustiças neste país. Agora que estamos na crista da onda nossos comandantes deixam de aproveitar e investir em educação, em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e em infraestrutura.

Só o que Lula, Dilma, PT e a prostituta base aliada souberam fazer é aplicar as técnicas dos marqueteiros pra vender um falso produto que nos assola desde o descobrimento. Brasil, um país de todos, não passa de um país de tolos: os que vendem a falsa imagem e os 87% que aprovam esta tolice.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Considerações sobre as chuvas

Limeira

Em 2005, no inicio do atual governo em Limeira, a travessia que dá acesso ao CECAP ruiu com as chuvas. Eu trabalhava numa construtora da cidade, que foi contratada para fazer os reparos que posteriormente se estenderam a parte do anel viário, formando uma nova rotatória e um trecho duplicado. Seis anos depois a obra ainda não apresentou problemas, diferentemente do que vem acontecendo com as obras de empresas contratadas fora da cidade. Estas obras, como a da marginal oeste e a duplicação do anel viário na altura do Jardim Florença, constantemente apresentam problemas.

Os acessos sobre o Córrego Barroca Funda foram feitos (e continuam sendo feitos) com aduelas de concreto, o que limita muito o escoamento das águas pluviais. A solução para que mortes, como a ocorrida semana passada, sejam evitadas é a construção de pontes de vão livre, como foi feito na Ponte Preta.

Estado de São Paulo

Em 2010 várias represas abriram suas comportas às pressas para evitar um colapso. O resultado disso foi várias cidades inundadas pelo maior volume de água despejado nos rios. Em 2011 aparentemente as concessionárias que administram as barragens não aprenderam e o problema se repete.

A justificativa é de que, se houver um período de seca ou chuvas parcas, os reservatórios precisam ser mantidos em níveis satisfatórios. Acontece que quando as chuvas são excessivas o volume de água recebido pelas represas é muito acima do normal, o que obriga a abertura das comportas.

Como a situação é uma faca de dois gumes a única solução possível é retirar as pessoas que vivem nas áreas passiveis de inundação. É nesta frente que Estado e municípios precisam atacar o problema.

No primeiro dia de 2010 estive em São Luiz do Paraitinga no exato memento em que a cidade ficou debaixo d’água. É uma situação lamentável, mas que só ocorreu por existirem construções em áreas de risco. Cidades bem planejadas não eliminam o risco de tragédias, mas diminui consideravelmente.

Região Serrana do Rio

Já virou clichê, mas a maior tragédia do país foi uma tragédia anunciada. A surpresa ficou por conta da Presidenta Dilma Rousself. Ela assumiu que a responsabilidade é também do Governo Federal, diferentemente do seu antecessor que se esquivava de tudo em nome do populismo.

Considerações gerais

Segundo Laurentino Gomes, em seu best-seller “1808” a cidade do Rio de Janeiro, na época da chegada da corte portuguesa, era um lixão a céu aberto. O lixo e até os excrementos eram atirados na rua, pela janela das casas. O resultado disso era uma cidade feia, suja e sujeita a doenças. Duzentos anos depois, com as imagens das ruas alagadas e entupidas de lixo, podemos perceber que esta herança dos portugueses continua enraizada nos nossos costumes. Assim como na questão dos deficientes, muito bem descrita pelo Rafael Kocian alguns artigos abaixo, muitos dos nossos problemas poderiam ser resolvidos com maior educação das pessoas. É simples, barato e faz bem à comunidade!