sábado, 15 de janeiro de 2011

Considerações sobre as chuvas

Limeira

Em 2005, no inicio do atual governo em Limeira, a travessia que dá acesso ao CECAP ruiu com as chuvas. Eu trabalhava numa construtora da cidade, que foi contratada para fazer os reparos que posteriormente se estenderam a parte do anel viário, formando uma nova rotatória e um trecho duplicado. Seis anos depois a obra ainda não apresentou problemas, diferentemente do que vem acontecendo com as obras de empresas contratadas fora da cidade. Estas obras, como a da marginal oeste e a duplicação do anel viário na altura do Jardim Florença, constantemente apresentam problemas.

Os acessos sobre o Córrego Barroca Funda foram feitos (e continuam sendo feitos) com aduelas de concreto, o que limita muito o escoamento das águas pluviais. A solução para que mortes, como a ocorrida semana passada, sejam evitadas é a construção de pontes de vão livre, como foi feito na Ponte Preta.

Estado de São Paulo

Em 2010 várias represas abriram suas comportas às pressas para evitar um colapso. O resultado disso foi várias cidades inundadas pelo maior volume de água despejado nos rios. Em 2011 aparentemente as concessionárias que administram as barragens não aprenderam e o problema se repete.

A justificativa é de que, se houver um período de seca ou chuvas parcas, os reservatórios precisam ser mantidos em níveis satisfatórios. Acontece que quando as chuvas são excessivas o volume de água recebido pelas represas é muito acima do normal, o que obriga a abertura das comportas.

Como a situação é uma faca de dois gumes a única solução possível é retirar as pessoas que vivem nas áreas passiveis de inundação. É nesta frente que Estado e municípios precisam atacar o problema.

No primeiro dia de 2010 estive em São Luiz do Paraitinga no exato memento em que a cidade ficou debaixo d’água. É uma situação lamentável, mas que só ocorreu por existirem construções em áreas de risco. Cidades bem planejadas não eliminam o risco de tragédias, mas diminui consideravelmente.

Região Serrana do Rio

Já virou clichê, mas a maior tragédia do país foi uma tragédia anunciada. A surpresa ficou por conta da Presidenta Dilma Rousself. Ela assumiu que a responsabilidade é também do Governo Federal, diferentemente do seu antecessor que se esquivava de tudo em nome do populismo.

Considerações gerais

Segundo Laurentino Gomes, em seu best-seller “1808” a cidade do Rio de Janeiro, na época da chegada da corte portuguesa, era um lixão a céu aberto. O lixo e até os excrementos eram atirados na rua, pela janela das casas. O resultado disso era uma cidade feia, suja e sujeita a doenças. Duzentos anos depois, com as imagens das ruas alagadas e entupidas de lixo, podemos perceber que esta herança dos portugueses continua enraizada nos nossos costumes. Assim como na questão dos deficientes, muito bem descrita pelo Rafael Kocian alguns artigos abaixo, muitos dos nossos problemas poderiam ser resolvidos com maior educação das pessoas. É simples, barato e faz bem à comunidade!

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