Acabo de chegar de um fim de semana em Bauru, uma das mais belas cidades que conheço no estado de São Paulo. Em dois dias visitei alguns lugares: o Bar do Português (o melhor chopp do Brasil), um Pub (bar no estilo Irlandês) e outro bar, o Capela, que se assemelha muito ao limeirense Bar da Montanha. Além da diversão fiz negócios em um belo centro empresarial e conheci alguns universitários engajados na política. Ir à Bauru é uma viagem revigorante e que me enche de novas idéias.
Infelizmente a volta pra Limeira não é tão gratificante. Ao chegar abro um jornal local e vejo que a cidade passou por uma blitz para coibir os famosos “points”. Ao que tudo indica a mega operação foi praticamente um show pirotécnico com centenas de policiais, guardas e fiscais.
Até concordo que é preciso respeitar o sossego alheio, que é preciso coibir a venda de bebidas alcoólicas à menores de idade, o tráfico de drogas e o abuso do álcool ao volante, mas o que nós jovens iremos fazer? Ficar em casa em pleno sábado a noite é que não será!
O problema é que a cidade não incentiva o investimento em locais apropriados à diversão dos jovens. Na atual administração a situação piorou muito com a proibição de shows nos clubes e com a perseguição aos “points”. As opções que restam são obrigadas a fecharem as portas por não se adequarem a “Lei do fecha bar”, como se todo e qualquer estabelecimento fosse um boteco de esquina que vende doses e mais doses de pinga a espancadores de esposas e assassinos alcoólatras. É absurdo ainda maior as polícias, a guarda e a fiscalização da prefeitura chegar no meio dos eventos e interrompê-los ao invés de procurar os estabelecimentos antes do expediente.
É lamentável vermos a nossa cidade tratar os jovens desta forma. A administração pública age como se não houvesse pluralidade na juventude e na suposição de que a única solução para os problemas da juventude é aprisioná-los em um culto/missa louvando ao Senhor. Afirmo: não é e nunca será! Não será reprimindo a juventude que se resolverá o problema. É preciso incentivar a criação de “points” regularizados, com segurança para os usuários e os munícipes. O que impede, por exemplo, a determinação de uma ou duas avenidas da cidade como “points” oficiais, onde empresários teriam um incentivo para instalarem estabelecimentos de entretenimento e com o compromisso de zelarem pelo sossego alheio? O que não pode acontecer é a fiscalização barrar este tipo de atividade enquanto igrejas infernalmente ensurdecedoras continuam se multiplicando pela cidade.
Além do bem-estar do jovem é preciso se pensar na economia. O entretenimento é um dos impulsionadores da economia, gerando empregos e renda. Todos os fins de semana inúmeros jovens limeirenses deixam milhares de Reais nas economias das cidades da região e milhares de jovens da região deixam de gastarem aqui. Isso contribui ainda mais para que Limeira se torne uma cidade dormitório, fato que esta se evidenciando como a principal característica do governo Silvio Félix.
Limeira esta se tornando uma cidade universitária e a vinda de mais jovens pra cá pede mais investimentos na juventude. Também é preciso um pouco de tolerância com as extravagâncias, natural e parte integrante do aprendizado do jovem. Ignorar que precisamos nos divertir de diversas formas, com certa liberdade é um erro e pode provocar a ira da juventude. E como diria o velho slogan: “os jovens unidos jamais serão vencidos.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Na era Félix o jovem não tem vez!
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