quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Privataria Petista - Parte II

A Era das Privatizações e Concessões

A década de 1980 é tida no Brasil como a década perdida. Após diversas crises econômicas o governo militar no Brasil decide impor barreiras alfandegárias gigantescas, impossibilitando as importações. Tal medida protecionista fez com que as empresas brasileiras se acomodassem. Como não tinham concorrentes de peso, não investiam em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e na modernização da produção. O brasileiro era obrigado a consumir produtos caros e de qualidade duvidosa. Foi algo parecido com o que a Presidente Dilma vem fazendo com os automóveis importados na atualidade (mas este é assunto para outro artigo).

Com a abertura dos mercados no início da década de 1990, no governo do Presidente Fernando Collor, as empresas brasileiras eram verdadeiras sucatas. Com a entrada de produtos de melhor qualidade e mais baratos, inúmeras empresas brasileiras faliram. Era a comprovação de que o Estado Brasileiro não sabia ser empreendedor. Quem pagava o preço da ineficiência era o povo.

Em 1990, Collor institui o PND - Programa Nacional de Desestatização. O Programa pretendia com que o Governo se desfizesse de várias empresas ineficientes. Infelizmente a primeira experiência não foi animadora. Collor vendeu a Usiminas, uma das poucas empresas lucrativas nas mãos do Governo. Começa nesta privatização errada a polêmica das privatizações.

Já no Governo Itamar Franco, declaradamente contrário à desestatização, o Governo se desfez da EMBRAER, que estava à beira da falência (hoje uma das maiores do mundo!). No Governo Fernando Henrique Cardoso ocorreu a maior parte das desestatizações.

Hoje, quase duas décadas após as maiores desestatizações, é possível observar os benefícios do Programa ao Brasil. Dinheiro no caixa, multiplicação na arrecadação de impostos, melhoria substancial nos serviços e, o melhor de todos, menos fisiologismo na gestão pública.

Vale, uma das maiores mineradoras do mundo!

A Vale, ex Vale do Rio Doce, é hoje a maior empresa privada do Brasil. Nas mãos do Governo a empresa só dava prejuízo. Hoje, o que ela gera de impostos para o povo brasileiro é metade do seu valor de mercado em 1997. Isso significa que a cada dois anos ela gera ao caixa do Governo uma Vale do Rio Doce de 1997. Antes da privatização a Vale gerava 15 mil empregos e tinha um valor de mercado de 7 Bilhões de dólares. Hoje ela gera 119 mil empregos diretos, incontáveis indiretos e tem o valor de mercado de 160 Bilhões de dólares (22 vezes mais que quando estava nas mãos do Governo).

Imaginem se a empresa ainda estivesse nas mãos do governo? O PT a lotearia inteira aos seus aliados, assim como faz com a Petrobrás e ANP (nas mãos do PC do B).

Telefonia pra todos

Quem não se lembra do martírio que era ter um telefone fixo antes da privatização? Uma linha telefônica custava mais que um carro ou um terreno. Mesmo a preços absurdos, era preciso esperar meses ou até mesmo anos para se conseguir ter uma linha. Graças a privatização hoje as linhas fixas atendem a todo o Brasil, sem custo de aquisição. Sem falar nos celulares. Hoje existem mais celulares que habitantes no Brasil.

Rodovias Paulistas

Nada exemplifica melhor o sucesso das Concessões que as rodovias paulistas. Das 10 melhores rodovias do Brasil, segundo a revista 4 Rodas, 8 estão em São Paulo. Estas mesmas estão nas mãos da iniciativa privada.

A concessão destas rodovias gerou caixa para que o estado recuperasse milhares de quilômetros de estradas vicinais (como a Limeira – Arthur Nogueira, a Limeira – Cosmópolis e a estrada que liga a Anhanguera à empresa Ajinomoto – só pra citar as estradas de Limeira).
Existe muita crítica às concessões de rodovias paulistas devido aos pedágios. Eles existiam antes das privatizações e mesmo assim as estradas continuavam sem manutenção. A concessão gerou eficiência na gestão dos recursos dos pedágios. Estes são pagos somente por quem usa (e não por toda a população). Seus recursos são inteiramente aplicados nas rodovias, que melhoraram significativamente, reduzindo os custos de fretes e os acidentes.

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