Um dos maiores gargalos do Brasil é a produtividade. Para se ter uma ideia, dividindo-se o PIB pela população economicamente ativa, concluímos que um trabalhador norte americano produz cinco vezes mais que um brasileiro.
Existem inúmeras teorias para esta disparidade, dentre elas a péssima educação, a péssima infraestrutura e a burocracia. Talvez todas elas somadas seja a teoria correta, mas uma das coisas que mais observo ultimamente - e notoriamente após defender um TCC sobre planejamento na aprovação de loteamentos - é que boa parte destes problemas tem origem na nossa cultura. E cultura não depende muito de governo, mas sim da vontade de mudar.
Há dez anos trabalhando no setor de projetos e agrimensura observo que não existe uma cultura de planejamento. Investe-se muito pouco no planejamento, especialmente no setor público, mas o setor privado não fica muito atrás. Já vi empreendedores gastarem anos (e décadas) com projetos travados por falta de planejamento, por medo de investir em novas tecnologias.
O planejamento é essencial para vencer uma epidemia brasileira: a burocracia. Um projeto depende da aprovação e/ou vistoria de diversos órgãos e como gerenciar tudo isso sem um planejamento? Como saber quais as etapas podem tramitar concomitantemente, quais são suas antecessoras e sucessoras? São informações importantíssimas num processo de projeto, aprovação e execução.
Aí caímos num ciclo vicioso.
A falta de planejamento gera projetos incompletos e projetos incompletos não caminham. A própria União alega que tem verba disponível, desde que haja bons projetos.
É preciso abandonar esta cultura de falta de planejamento, de que planejar é desperdiçar tempo. O retrabalho que é o verdadeiro desperdício e o planejamento reduz muito a possibilidade de retrabalho.
quarta-feira, 2 de abril de 2014
PLANEJAMENTO: A CHAVE AO GARGALO DA PRODUTIVIDADE
Postado por Marciél Gorrido Junior às 15:54
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