quinta-feira, 25 de julho de 2013

O Gigante acordou, popularidade despencou!

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje pesquisa de popularidade da presidente e dos governadores de todo o país. Invariavelmente os índices de aprovação despencaram e os de reprovação subiram feito foguete. Fruto do despertar do gigante, que levou milhares de brasileiros às ruas de todo o país.

Quando as autoridades perceberam o tamanho do problema em suas mãos, uma chuva de medidas emergenciais apareceu tirada das cartolas dos nossos governantes. Constituinte, plebiscito, médicos cubanos... A lista é longa!

Os governantes não perceberam que as soluções mirabolantes não são as reivindicações das ruas. O brasileiro aguentou por muito tempo calado e agora, com uma democracia mais amadurecida, ele pede uma ruptura geral com o sistema que aí se instalou.

Nenhum governante tocou no assunto segurança num país que viu recentemente trabalhadores morrerem queimados por não terem dinheiro pra entregar aos bandidos ou meninas estupradas e depois mortas. Num país onde o proprietário de um automóvel, além de pagar pelo carro mais caro e sem equipamentos do mundo, de pagar IPVA, combustível, documentação e seguro obrigatório altíssimos, ainda precisam pagar seguro caro, alarme, rastreador, flanelinha...

Nenhum governante tocou no assunto educação num país em que sobram vagas de emprego, mas faltam trabalhadores qualificados. Num país em que as universidades públicas são para a elite e as particulares fábricas de diplomas. Num país em que professores ganham migalhas e “vales coxinhas” para ensinar uma grade curricular ultrapassada a mal educados alunos sem capacidade de entender a maior parte desta grade ultrapassada.

Nenhum governante tocou no assunto desburocratização e gestão eficaz num país onde tudo que se faz necessita de um carimbo, autenticação e assinatura (isso numa era digital). Num país onde o fisiologismo político criou 39 Ministérios e abriga, na esfera federal, nada mais, nada menos que 25 mil funcionários comissionados com altos salários.

São problemas para se ficar dias elencando. São 500 anos de mandos, desmandos, privilégios e apadrinhamentos e que ninguém ousou ainda mudar. E é isso que as ruas pedem, clamam!

Porque não se aprova um novo código penal, mais duro e que coloque efetivamente os bandidos na cadeia? Porque não se faz a reforma tributária para aliviar o complexo sistema de contabilidade brasileiro? Por que não se implanta a meritocracia em tudo o que é público? Porque não agilizam-se processos civis, criminais, aprovações ambientais, fundiárias e tantos outros processos afundados na nossa infinita burocracia?

Temo que os governantes não toquem neste assunto, pois é de interesse deles que se mantenha a educação em frangalhos, o tráfico de armas e drogas faturando bilhões e a burocracia incentivando as dificuldades para vender facilidades.


O gigante acordou e ficou mais inteligente. Enquanto os governos também não acordarem e ficarem mais inteligentes (eficientes, eficazes, justos...) as popularidades deles continuarão despencando. 

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