A nova Limeira - Duplicação do Anel Viário - Parte II

Outro problema existente no novo trecho de duplicação do Anel Viário, que liga a SP-147 à Rotatória da Barroca Funda, é o desmoronamento. Vários trechos visitados por mim na última quinta-feira estão desmoronando ou já desmoronaram.

O primeiro caso ocorreu na primeira desta obra (da Rua Paraná à Rotatória da Barroca Funda). No alinhamento com a Av. Eduardo Peixoto, no Nova Europa. O desmoronamento ocorreu devido ao excesso de água pluvial superficialmente escoada da Av. Eduardo Peixoto. A boca de leão (BL) existente no local não suportou o volume de água e extravasou acima do passeio, erodindo o talude e provacando o desmoronamento. A solução foi uma gambiarra. Ao invés de construir uma BL que comporte o volume d'água a empresa responsável pela obra contruiu uma parede de concreto e bica (pedra britada) por onde a água escoa. Nos dias de chuva, toda a água que desce a uma velocidade imensa, cruza a calçada para alcançar o córrego Barroca Funda.

"Gambiarra" em trecho da obra

Neste trecho o desmoronamento atingiu apenas o talude e a calçada, o que não aconteceu em outros dois trechos onde o asfalto afundou. No trecho entre a Rua Paraná e a Praça Prefeito Sebastião Fumagalli (Rotatória do Hipermercado BIG) o asfalto afundou trazendo riscos aos motoristas que trafegam pelo local. O problema foi manchete da Gazeta de Limeira de sexta-feira (23/01/2008) e só depois o local foi devidamente sinalizado.


Rachadura no asfalto em obra recém inaugurada


O passeio também foi atingido pelo afundamento


Talude sem proteção vegetal: possível causa do afundamento


Há no local restos de material de construção do muro de proteção

O desmoronamento mais grave se situa na última etapa do trecho duplicado. Nas proximidades do parque da cidade, na antiga hípica municipal, foi implantada duas alças de acesso, numa espécie de rotatória. Foi usado aduelas de concreto para a passagem do córrego sob a via. Nas extremidades das aduelas foram construídos os chamados "muro-ala". Em dois destes pontos, à aproximadamente cem metros de distância um do outro, o asfalto e a calçada cederam e, por pouco, postes da rede elétrica não afundaram também. A empresa responsável pela obra já está realizando os reparos no local.


Poste quase atingido pelo desmoronamento


A nudez do talude é a possível causa do desmoronamento


Lado da montante também foi atingido

Além destes trechos que já sofreram danos, existem alguns que estão prestes a desmoronar. Um exemplo disso está próximo a Praça Prefeito Sebastião Fumagalli. Como demonstra a foto abaixo o talude já está com rachaduras.


Será o próximo trecho à ceder?

São inúmeras as prováveis causas para este problema. Mal execução das sub-bases do asfálto, mal dimensionamento das galerias de águas pluviais, falta de sondagem do solo e falta de proteção aos taludes de aterro. A verdade é que o problema está muito recorrente no trecho e as causas precisam ser atacadas urgentemente!

Continua...